Pesquisar este blog

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Vasilha, a maldição da minha vida

Mal sabia eu que aquele pequeno e insignificante pedaço plástico
poria em eterna maldição a minha vida toda.
Aquele objeto sem valor, sequer sentimental,
não poderia destruir para sempre os meus sonhos.

Não os meus sonhos concretos e reais,
aqueles sonhos que lhe acompanham com o sono.
Sono esse perturbado desde que ela chegou aqui: a maldita vasilha!
Veio por que pedi? Recebi algo que esperava muito?
Não, não! Simplesmente veio para me azucrinar.

Não foi tão bom nem tão ruim
não foi nada, para lhes ser bastante sincero
como podem me dizer que um presente é algo para ser cobrado?
Como posso viver sendo punido por ter em meu poder a porra de uma vasilha?

Sim, fui punido. Amaldiçoado, um ser execrável...
precisa de tanto assim? Realmente uma vasilha faz tanta falta?
Se os fins são o de controle e desculpas para lhe aporrinhar
a resposta é: sim! “Quero que me devolva a vasilha”
“Não é minha! Ela está precisando!”

Quem precisa de uma vasilha? Depois de muito pensar,
descobri: Oras, quem só tem aquela vasilha na vida!
Talvez essa seja a única pessoa do mundo a possuir
uma única e preciosa e rara e maldita vasilha

pois que seja, pois que morra a vasilha, mas...
Não! “quero minha vasilha de volta” e eu digo: “como?”
falando sério, juro, não entendo. Na verdade entendo sim
e é mais do que óbvio que o motivo dessa lengalenga toda
é único: você só quer ouvir a minha voz!

Hoje é, graças ao meu bom Deus, o fim de toda uma saga
saga essa que está sendo justificada por um objeto plástico
objeto esse que será devolvido e será novamente de seu dono.
Aí, eu lhe pergunto: qual será a desculpa para me acordar?

O que o retentor de tal objeto mágico não previu
foi que essa vasilha é encantada com poderes incríveis
e que sua magia, não só atinge quem recebeu o presente
mas volta para quem o mandou.
A maldição da vasilha volta para seu dono
em dose triplicada porque, agora, irá deixar-lhe
de mãos atadas. Já pensou, ó vizir, que seu amuleto
de aporrinhação não mais está aqui para incomodar-me?
Então faça exatamente o que eu digo:
abaixe lentamente esse gancho do telefone,
recoloque-o no lugar e dê um passo para trás.
Muito bem! Agora volte para seus afazeres que eu volto para os meus
ah, e não se esqueça: nunca mais me ligue!

Nenhum comentário:

Postar um comentário