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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Rebuscados e simples

Cada conversa nossa é um acentuamento de ideias que fluem como água. Uma palavra minha, duas dela e assim, construímos um mundo mágico de ficção verdadeira. Seus comentários e trejeitos. Sua alegria e seu bom humor. Seus medos são os meus encantos. E como gosta ela de sentir calafrios! Meia hora de conversa é o suficiente para eu criar, em meu cérebro atormentado, milhares de aventuras. Sua versatilidade é impressionante. Calma e pacata, consegue expressar muitas formas de escrita. Do mais simples ao mais prodigioso. E sua vontade alimenta a minha, desespera o meu ser. Exasperado, ansioso por suas palavras, não consigo frear minhas emoções, que vagam de dentro para fora e trazem as dela para cá, aqui, dentro de mim. Gosto por que gosto e sinto por que sinto, e por que não? É bonito é divertido, sei que é arriscado, mas, “do que vale o céu azul e o sol sempre a brilhar”, se um K?

Se eu ando pela casa cantando, loucamente, as vezes até gritando, não é por que senão por tua existência. Ouço uma canção, qualquer que seja. Incluo imagens tuas nas harmonias. E cantando imagino melodias que, um dia, se tornarão uma bela música para teus ouvidos, que traduzirá dias e dias de solidão. E nada tenho a reclamar, pois quem podia melhor me completar e satisfazer? O que ninguém ainda conseguiu estará prestes a se moldar. Ou não, é apenas uma questão de visão. Realmente despreocupado. Sei que sempre a verei do meu lado. Seja perto ou longe, seja concreto ou insólito, real ou criação, o que importa é que é, e, nada mais. Deixo outros moídos de inveja, mas sem intento, não quero viver outro momento que não o seu. Uma conversa pequena de algumas horas, todos os dias, foi o bastante em nossos corações. Esses, cheios de vontade, de verdade e paz. Hoje, posso perceber, como se há anos conversando com você, que não é mais uma questão de sim ou de não e sim de quando.

Um poema, um conto, uma crônica e talvez um grande romance. Não daria uma biografia? Tudo o que me fala, tudo que de ti leio, tudo é um vetor para uma bela história de amor. E nesse jorro de imaginação e criatividade, chego a perder a minha idade que deixarei encostada num canto. Vivas!, a uma completude saudável. Enumere os desalentos entre nós. Nada? Se sim, o que importa? Nada supera a fantasia. Isso supre nossas necessidades. O que não for suprido, será expressado em letras, palavra por palavra, todas essas experimentações. Caos, seja bem vindo! Encontras-te um lar. Pode ser aconchegar. Nesse meu tormento nada precisa ser em vão, tudo é muito bom. Uma simples ação pode se tornar uma grande obra. Sento e começo a escrever.

Não precisa ficar calada. Seu silêncio não será vendido, lembras? Tens a minha palavra. Tudo o que pensas, pode tornar poesia. Basta, para tanto, que não se acomode, somente escreva. És uma beleza. Sei que sou raro, mas sou como tu. Almas que se completam. Amigos que se adoram. Escrevedores que galgam a pequenos passos um caminho. Podemos caminhar pela mesma estrada? Podemos criar juntos. Podemos tudo e mais um pouco. Não precisamos de atenção. Somos a atenção um do outro. Vá em frente, minha doce verdade, produza aquilo que só você ira ver. Conte para mim todos os detalhes. Aproveite a viagem, aproveite a liberdade. Junte todas as informações indispensáveis para seu trabalho. Bote tudo num papel. Escreva sem parar. Nada irá adiar mais esse destino. E quando esses dias acabarem não será o fim da sua jornada. Será o início da nossa estrada. Aquela que percorreremos juntos, de mãos atadas, olhando para uma mesma direção.

Findo o verso, nessa prosa poética. Acalmo meu pensamento e sustento-me de palavras. Viciado assumido de teus versos, viciado em você. Embriagas de mim enquanto tenho overdoses de ti. Queria morrer desse jeito... feliz... Vou-me então e continuarei a aguardar, esperarei o dia derradeiro, aquele em que eu irei me entorpecer de você.

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