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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Capítulo primeiro, página 5

punho direito e afastou um pouco o braço para trás do seu corpo, procurando um impulso. Sua visão clareou em um instante e pode ver nitidamente o punho de seu, agora inimigo, que se aproximou do flanco esquerdo. Sem pensar em qualquer coisa agiu num puro reflexo que disparou seu punho frontalmente em direção ao meio dos olhos do outro. O golpe acertou Lucas, antes mesmo que este pudesse atingir Tobias certeiramente, que recebeu apenas um meio golpe no ouvido esquerdo. Lucas travou sua cara na mão do garoto. O estalo surdo do nariz do mais velho foi audível e bastante forte e, ao mesmo tempo que desmoronou no chão caindo para trás, Tobias torceu o punho tamanha a força do impacto.

Ajoelhou-se aos pés do inimigo abatido, estatelado no chão, o nariz em bicas de sangue, desacordado. Ali permaneceu um minuto inteiro até que a dor trouxe-lhe de volta ao instante presente. Gritou de dor pois sofria muito de um braço quebrado e o outro torcido. Encolheu-se no chão retorcendo-se na terra. Ficou ali sofrendo, remoendo-se em cólicas desproporcionadas. Por quase dez de nossos minutos mortais ele agonizou.

Não suportando mais ver tamanho pesar, seu protetor, que lá do alto a tudo acompanhava, pois aí estava o seu trabalho, tirou forças do fundo de seu âmago e rebelou-se.

- Basta! – gritou ele – amo-o por muito e desamparado não o deixarei. Para que sirvo se ao lado de tão tenra criança não posso estar? Por mais que me seja proibido, abdico de meu caminho e de encontro ao meu suplicante irei – e assim falando, luz deixou de ser e forma esplêndida e linda tomou, como um dos mais belos entre os da espécie humana. Forte, exuberante e acrescido de perfeitas feições angelicais. E antes que pudesse descer e suas alvas e enormes assas guardar, uma mão grossa segurou-o pelo ombro direito.

- Acalma-te, irmão! Imediatamente, ordeno-lhe. Ouça-me com atenção antes que a tudo renegues – disse o outro que forma humana também havia tomado, pairava este, mais esplendido ainda que o primeiro, ao ar em lindas assas brancas de enorme envergadura – Ages como um noviço, um inconseqüente, um incauto. Necessitas mesmo de tamanho alarde? – e usando a mão que o segurava, voltou-o para si dizendo – Olhai em meus olhos e dizei; vês real motivo para que caias, somente pelo teu que sofre a dor dos mortais? Não vês que o pior está por encerrado? Não corre mais perigos o jovem valente. Por si só, deste ele conta do problema. Logo irá levantar-se e de volta ao lar dirigir-se-á. Não desesperes tu, rogo-te.

Capítulo primeiro, página 4

combatentes não passou de um brilho de sol, eles debateram entre si em suas realidades atemporais.

O mais sábio impunha-se dizendo que nada havia de ser feito e que dali de cima onde estavam, haveriam de permanecer . O outro, o mais audaz, compadecia de amores por seu protegido e intervir por este queria.

- Sabes, oh irmão, que nada devemos fazer, assim há de ser – disse o sábio e calou-se.

O outro refletiu por instantes, que poderiam ser minutos, se naquele plano mortal estivessem. Por fim falou:

- Sabemos que existem outros por trás de tão maléficos gestos... tomar as rédeas devemos para acalentar o sofrimento de tão surpreendente alma – e assim dizendo ouviu a resposta em silêncio.

- Tu mesmo disseste irmão, esta alma está fadada a ser e a ela nada devemos fazer – sorriu cordialmente o sábio e completou – além do que não possuímos certezas acerca de mãos maléficas.

- Como não, irmão? – replicou rapidamente o audaz – está claro que o outro, por pior que seja, sofre de aguçada cólera. Arriscar uma alma por hesitação não é correto.

- Correto não é, impedirmos uma peleja humana sem prévias autorizações. É certo que o menor será um bravo, está em seu nome, acalma-te e observa – aconselhou o mais vivido.

Um longo silêncio se fez e por fim o mais incomodado falou:

- Estas coberto de razão, irmão. Fui tomado de cuidados pelo meu protegido e fraquejei. Devo acalmar-me e confiar em tal destino, nos desígnios de Deus – e assim dizendo, voltou sua atenção para a cena que tanto lhe preocupava.

E por mais que quisesse estar ali pelo seu, se conteve e calou seu cuidado e principalmente sua fúria. Desejava secretamente retalhar o outro com suas próprias mãos e sabia que tais pensamentos conflitavam com seus passos. Calou seu coração e limpou sua mente, pois não mais deveria almejar tão desproporcionada atitude.

Pudessem ver mortais e imortais o que ali se passou. De uma segurança inata e um desejo libertador, surgiu em Tobias uma força enorme que o fez petrificar-se, enraizado por seus pés no chão. Ali ele ficou, em um só fôlego, esperando o momento certo. Enrijeceu o

sábado, 28 de novembro de 2009

Capítulo primeiro, página 3

O garoto se virou a tempo de ver o galho descendo em velocidade para seu crânio e num último reflexo elevou seu antebraço esquerdo acima da cabeça interceptando o golpe. O choque conclui-se em um grande estalo e galho e braço partiram-se.

Um segundo, dois, mais exatamente três segundos seguidos de puro silêncio e o garoto irrompeu em um urro ensurdecedor que se propagou em todo o quarteirão. Os olhos viram e estes fugiram, puxando de volta à realidade o causador de tanto sofrimento. Os valentões puseram-se a correr desesperadoramente, fugindo dali. O agressor mor ainda se deteve um instante olhando sua obra, um sorriso se fez num canto da boca. Estava satisfeito. Virou-se e saiu pelo meio das tábuas. Antes porem que pudesse afastar seus ouvidos dali, Lucas, o encolerizado, escutou a voz lamuriosa que berrou de dentro do lote:

- Covarde! – gritou Tobias quase que aos prantos – Seu covarde... covarde desgraçado – Sua voz de lamento misturava-se a uma força estranha, um ímpeto de vingança surgia em seu eu. Custosamente o garoto se ergueu apoiando-se nos joelhos e em sua mão boa. O braço quebrado junto ao abdômen latejando impiedosamente.

Lucas se deteve a poucos passos do cercado, estagnou-se. Ouvira claramente as palavras. E estas o machucaram. Ele não era um covarde, ele sabia disso, ao menos era o que achava de si mesmo. Um segundo de hesitação. Estava só... que mal haveria? A vítima estava em frangalhos, não poderia com ele nem se estivesse saudável. A cólera voltava em jorros de adrenalina. Sentiu um desespero de por fim naquilo, queria aniquilar seu inimigo, queria matá-lo, realmente matá-lo. Espremeu os punhos acentuando os nós dos dedos. Alongou o pescoço pendendo a cabeça para um lado e para o outro. Voltou-se para a entrada da cerca e antes de caminhar até lá observou à sua volta; nada além de seus amigos correndo rua abaixo em direção a escola. Não estava preocupado, premeditou cada golpe, muitos deles. Lembrou de sua idade, apenas treze anos, três a mais que Tobias, não poderiam prendê-lo por isso, sequer descobririam. Estava decidido; seria assim. Não ia mais voltar atrás. Caminhou e passou pelas tábuas soltas, viu o “pirralho” – como pensava ele – de pé, segurando o braço torcido com a outra mão. Surgiu-lhe o ódio, o garoto o encarava com fúria. Gritou em uma explosão, armou um golpe com seu punho e correu em direção ao outro para percorrer a distancia que os separava o mais rápido possível.

Só, o mais novo deles não estava, não em presença física, este porem, estava assistido por outros, outros que o queriam bem e estimavam por sua saúde. Ao que, para os

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Capítulo primeiro, página 2

clamariam por suas almas em largos choramingos, como os recém nascidos.

Tobias não se orientou nem se deu conta da peleja que seguiria daquele instante em diante. Jogado foi contra as tábuas do lote vago ao seu flanco esquerdo. Doeu-lhe o mesmo ombro em latente compasso. Balbuciou um gemido e logo foi interrompido por uma dor mais forte que tomou-lhe todo o ar respirado. Uma pesada em seu estômago, mais certeiramente em sua parte mais alta, o fez tombar esfolando-se entre tábuas soltas. Rolou no mato alto que o pinicava sem perdão. Não houve tempo para rogar nada a ninguém. Nem mesmo sua adrenalina chegou a circular dando-lhe alguma experimentação sensorial. Seu cérebro só decodificara uma informação: dor.

Os atacantes abriram espaço entre tábuas e pregos, se aglomerando para infiltrar no ermo lote. Olhos ferozes e dentes trincados prontos para impor mais sofrimento ao indefeso e descuidado rapaz. Dois dos cinco levantaram-no, cada qual de um lado, num abrupto solavanco. O garoto mal se firmando em suas próprias pernas, o ar lhe faltando, ouviu pela primeira vez verbetes hostis.

- Ainda não acabei com você, seu merdinha - vociferou o maior deles, que de frente ao garoto que era dois terços do seu tamanho, mirava-lhe um golpe, que, ao ser disparado, bambeou-lhe os dentes e sangrou-lhe a gengiva.

Desfaleceu-se o menor com sangue brotando-lhe dos lábios. Seu peso levou-o de volta ao chão, de bruços com a fuça enfiada na terra pisada e úmida.

Um, dois, três, ao menos uma dúzia de chutes o acertaram no abdômen, costelas, coxas e tudo mais que era carne. A vista lhe embaçava com as lágrimas e tudo girava. Os ouvidos em um constante zum, não lhe deixavam ouvir mais nada. O gosto enferrujado de seu sangue escorria-lhe pelos lábios.

Os golpes por fim cessaram e contorcendo-se no chão ele ficou ao que parecia uma eternidade. Seus órgãos gritavam, sua carne ardia, seus músculos inchavam. Seus agressores afastaram-se, uns até preocupados, os outros nem tanto e o pior deles abaixou-se para pegar um grosso galho no chão. Este não estava mais em suas próprias razões, estava ele encolerizado, desmedido de seus atos. Seus companheiros tentavam desestimulá-lo, este respondia com empurrões. Uma desgraça iria acontecer.

- Levanta seu bosta, você vai sentir o que é bom – disse rosnando e elevando a arma por sobre a cabeça pegando impulso para o seu fatal golpe.

Capítulo primeiro, página 1

Dias poucos posteriores ao seu décimo aniversário, o garoto que seria homem, caminhava em seus silenciosos passos pelas tão pacatas ruas que o levariam de volta ao lar. Passos desconsertados em seus calçados modernos, maiores por pouco que seus pés, caminhava ele sem culpas, sem preocupações, a cabeça leve em seus pensamentos juvenis. Vestimentas já bem usadas, cores desbotadas, calças de homem de tecido jeans com as barras mal feitas arrastando no chão. Camiseta de algodão da cor marrom suave e de peso leve, comparada a enorme mochila abarrotada de livros e cadernos. A pele alva contrastava aos cabelos pretos noturnos, lisos mas desarrumados, caindo-lhe aos olhos por falta de aparo. Olhos medianos, castanho nozes, claros, brilhantes e atentos... não tão prontificados porém para perceber a turba que pela retaguarda chegava. Cinco era seu número e por mais alarde que estivessem fazendo, o mais jovem não os percebia. Cabisbaixo, meio trôpego, ele ia em calma serena para casa, afinal não havia por que se preocupar. Cidades eram assim: sossegadas. A rota costumeira após o horário escolar era sempre desta maneira. Fora assim nos anos anteriores e não haviam razões para o ser neste ano. O jovem, cujo nome era Tobias, além do mais, não possuía inimigos... não até aquele instante.

Cinco, seis? Sete eram os quarteirões que percorria todos os dias de sua casa para a escola e da mesma de volta para o lar. Este bairro além de ser de uma cidadezinha do interior, era também muito afastado do centro, da pouca agitação que lá havia. Casinhas quase que gêmeas ladeavam estas ruas, sem muros com pequenos jardins em seus frontes, cores gastas pelo tempo e nada de carros em suas garagens, um ou outro quando muito. Alguns lotes, ainda vazios, eram comumente cercados por grossas tábuas colocadas de pé, que tinham por única função, ao menos o que parecia, manter o espesso e comprido mato para o lado de dentro de seus limites.

A turma veio se aproximando, agitada, nada discreta. O intuito era claro, pegar, bater, machucar, provocar intencionalmente o mal. Poucas eram as chances de fato similar acontecer. Dia e hora errados? Como saber? Tobias não notou ao certo, não haveria de tê-lo notado. Linhas traçadas, por mais sinuosas que sejam, sempre tem um propósito e se algo estava acontecendo, era porque tinha de ser de tal modo. Poderia ele até mudar a forma, a circunstância, mas não lhe era possível alterar o fato. Estavam agora a poucos passos de suas sandices e estes vinham em número de cinco e como se não bastasse, maiores, mais fortes, mais tolos. Saberiam eles seus destinos? É claro que desconheciam, se o soubessem,

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Livro: Introdução

Prólogo:

Infindáveis são os caminhos, infinitos eles são. Escolhas levam-nos do ermo ao divino. Vidas não são mais que isso: seus feitos é que falam por si. Cada ponto luminoso de uma alma vagante é apenas o "um" de um grande todo. O ser fracionário nada mais é do que parte de um imenso e infindável (incomensurável) todo. Ser maior do que se é não é tarefa dos incautos, nem dos benevolentes que crêem em si mesmos. Apenas querer não é o bastante. Precisa-se crer – mais do que imaginamos ser necessário.  Quantos foram aqueles que acreditaram? Quantos eles são? Inumeráveis tentaram ser mais do si próprios e, sem êxito, partiram em chamas apagadas. Seus sopros não moveram as engrenagens do mundo. Não mais do que suas próprias. Mas estes – por certo – devem ser por alguns lembrados. Credes no espírito de bons homens? De melhores chamas – daquelas que surgem quase que apagadas – vemos brilhar em ardor a força inata de uns poucos – que ao mundo vêem – entre tantos que seria impossível notá-los. Destas poucas almas que do nada ardem como piras, menos ainda são as melhores... Destas melhores almas temos as improváveis... E destas temos as únicas...

Esta é a história de seres únicos, da ascendência do nada ao todo. Da elevação do zero ao topo da magnitude da existência.  Esta é a prova – o testemunho – da superação do crer. Maior do que a própria fé do universo. O entendimento e compreensão da vida, a racionalização da razão. O abrir de todas as portas. O esclarecer de todas as indagações. O fim de todo começo...

Essa é a história de um homem... de um homem apenas, não. Essa é a história de homens. De homens comuns e também de seres únicos. É a história de um mestre e seu discípulo. Da vida de um mestre que foi um dia discípulo e de um discípulo que um dia se tornou mestre. Essa é a história de mestre e discípulo e de como o universo se transformou quando se encontraram – se completaram. Quando mestre e discípulo se tornaram um, a chave da vida libertou a supremacia existente em cada ser. Esta é a história de um mestre e de seu discípulo, e por que não dizer; de um mestre e seu mestre. Esta é a reinvenção do herói, a tradução de seu novo significado. Quando o comum supera sua própria existência e passa a ser, não uma parte do todo, mas o todo inteiro.

O Primeiro:

Dizem ser um dom, uma força inata, mas o que não cogitaram foi que por si mesmo ele se fez. De sua própria vontade surgiu e se revelou, e grandes não foram os seus feitos, mas únicos e inimagináveis. Veio ao mundo como um outro ser qualquer, como uma simples alma. Nem mesmo ele sabia de seu destino, de sua própria jornada. Sua longa e ininterrupta jornada. De sua simplória vida galgou – a pequenos e humildes passos – até o infinito. Vagou por todos os cantos do universo (conhecido e desconhecido). Por toda a parte por onde pisou seu nome foi conhecido e até aclamado. Seus muitos nomes.  Cunhou por seu próprio esforço a sua história e magnânimo foi e sempre o será. O homem, o mestre, estava lá. Desde o sempre. O mestre, maior que o próprio tempo, imortal não era só seu espírito, pois sua carne também o era. Foi o melhor entre os melhores, o campeão de seu tempo e nunca veio a deixar de sê-lo. Imbatível, indestrutível, imaculado pela morte. O melhor dos aliados, o pior dos inimigos.

O encontro:

Seus caminhos estavam cruzados e este dia veio como o marco de uma eternidade. Mestre encontrou discípulo e finalmente o um se tornou dois. Por muito tempo estiveram juntos – não tanto quanto suas existências. O tempo foi crucial, o suficiente para que dois voltassem a ser apenas um e estes – juntos – tornaram-se inigualáveis e maiores do que o infinito. Ao lado do jovem mestre o primeiro esteve até que este se tornasse o que haveria de ser. E ambos perduraram por todo o sempre...

O segundo:

 Já o jovem mestre, galgado em sua própria experiência – assim como o primeiro – tornou-se homem e de seu espírito emanou sua força. Aprendeu com os mestres à sua volta, com as forças que o cercavam e com sua própria vontade. Desvendou muitos dos mistérios do universo e aprendeu suas leis. Sua carne tornou-se imortal como a de seu maior mestre e – pela segunda vez em um infinito – outro que não o primeiro, também prevaleceu.


Término do prólogo:

            Eis então um pouco da incomensurável história desses dois homens e de muitos dos que por perto estiveram. Seria possível narrar todos seus feitos? Até onde se pode ir ou chegar? Até onde um ser pode se conhecer e se apropriar de sabedoria? Afinal, o que neste mundo é eterno? Não, meu caro, aqui não existe uma vã filosofia...

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Estudar ou criar?

Sei que aprender é muito importante (ao menos para os que pensam) e sempre defendi esta bandeira, mas gostaria de entender algo: o aprendizado é para o acumulo de conhecimento ou é a base que necessitamos para a criação? Sempre digo aos meus alunos que, mais importante do que tocar os solos dos nossos guitarristas amados , é fazer os nossos próprios solos. A maioria das pessoas que conheço não medem esforços para aprenderem, digno e muito justo... mas e aplicar estes conhecimentos? Saber fazer, produzir algo decente e de boa qualidade não é pra qualquer um, mas é pra dar a cara a tapa e tentar e conseguir e não desistir. Tenho bons amigos e alguns deles são crânios que se matam de estudar e querem por que querem saber tudo. Mas e daí? Onde realmente isto leva? Não estou dizendo que não é necessário, pelo contrário, eu gosto e muito de aprender, mas daí não arredar o pé do estudo, sempre buscando mais e mais conhecimento... aí não! O negócio pra mim funciona com aplicabilidade. Se eu não estiver produzindo algo então não me vale nada saber e aprender. Obrigado.

Sacrificosos dias de um escritor

Sabe, nem mesmo sou um escritor ainda, mas almejo ser e escrever é como criar um filho... ele é apenas uma ideia, que vem surgindo e vem querendo aparecer e quando você menos espera ele nasce... até aí tudo certo. O problema começa quando a gente percebe que ele veio sem uma orelha, sem uma perna ou um braço e isso é pouco comparado ao crescimento do garoto. Você até da carinho pra ele, mas esquece de alimentá-lo de vez em quando e aí já viu, né? O bostinha não cresce de jeito nenhum.
Bom, analogias à parte, o que eu quero dizer é: É muito foda dar continuidade aos meus projetos ou porque não dizer, nossos projetos, afinal eu não devo ser o único neste mundo com este tipo de problema... ou sou? O que me importa é cuidar para não perder as esperanças e isso sim é uma tarefa de mestre. Quantas vezes desisti, me desanimei, cansei, parei ou até mesmo destruí uma criação? Pois é, e assim vou empurrando e levando e tentando conseguir o meu espaço.
Hoje tomei uma decisão drástica, mesmo tendo lido comentários contra este tipo de atitude, achei por melhor postar meu livro e minhas outras criações neste blog e assim sendo, talvez, mas só talvez eu possa me sentir motivado a ser um melhor escritor, ou seja: menos preguiçoso.

Dami, essa é pra você. Agora mesmo distante poderá ler e opinar.