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domingo, 20 de fevereiro de 2011

Libertação

Pelado como sempre, adentrando à madrugada solitária... esperando a poeira abaixar e ela ainda nem se assentou. Tentando entender todo esse furor que ocorreu repentinamente. Fazendo análises e mais análises sobre toda essa confusão. Refletindo (juro) bastante sobre a última semana. Procurei qualquer falha ou brecha em algo que poderia ter-me feito imaginar se estaria realmente me apaixonando. Que tudo não passava de coisa da minha cabeça. Mas não encontrei nenhuma falha. Tudo muito lindo, muito liso, muito perfeito. Muita coisa para ser digerida, muita coisa para ser entendida. Muita coisa... mas vamos a alguns pontos antes de continuar a parte boa de gostar de alguém:

Julgue-me como quiserem, tenho agora um novo ponto de vista acerca das coisas. Não me importo mais com o que quer pensar de mim e, se antes eu já me importava pouco, agora não me importo nada. Eu sou esse aqui e não aquele que você pensa que eu sou. Não, você não é melhor do que eu e estou cagando e andando para suas futilidades. Isso não é direcionado a ninguém em específico e, ao mesmo tempo, a todos vocês, um por um. É a libertação da minha própria prisão. A minha libertação. Cansei de procurar alguém para ser. Para parecer. Nunca parei para pensar que eu já sou tudo isso. Não quero a opinião de mais ninguém. Principalmente a sua.

O que eu escrevo aqui no blog é para ser lido sim, mas não escrevo para ninguém senão eu mesmo. Escrevo também para agradar aqueles que estimo, aqueles que respeito. Esses, eu faço questão de dizer: tal texto é para você. Os demais, quer gostem, quer não, não dou a mínima. Não ouse dar pitaco no que não lhe pertence. Se não gosta do que eu escrevo, é simples: suma daqui. Eu construí o meu espaço e esse espaço é só meu. Só aqueles especialmente selecionados é que são bem vindos. Tenha certeza disso!

Hoje não é um dia qualquer. Muita coisa vai me fazer lembrar desse dia para sempre. Simplesmente porque eu quero. Matei muita coisa em mim para transformar esse instante numa eternidade. Não vou voltar atrás, não vou retroceder. Tenho uma escolha finalmente. Escolhi batalhar para ser eu mesmo. Não me fale de coisas que eu detesto, certamente que irei criticar todas elas. Não pense por mim, não sinta por mim, não ouse, não se atreva. Essa é a minha vida, o meu blog. Tudo o que está escrito aqui é, por mais mentiroso que pareça, verdadeiro para mim. Eu faço essa bagaça existir, e eu manterei essa joça funcionando. Eu trabalho duro, muito duro para fazer aquilo que, a maioria dos que reclamam, nunca fizeram na vida. Eu trabalho arduamente segundo a segundo para construir isso aqui: a minha vida! Não é da sua vida certa que estamos falando. Estou falando das minhas incertezas. Esqueça que você existe para mim por um segundo e se pergunte: quem tem que se importar com você mesmo? Resposta: ninguém além de você. E aqui não é diferente. Quem manda nessa porra sou eu.

Se a minha vida é fodida. Se eu como o pão que o diabo amassou. Se eu estou em dívida. Se estou amargurado ou feliz. Se erro ou se acerto. Se me desculpo ou se lhe mando a merda. Se tudo isso acontecer ou se nada disso for verdade. Isso tudo é meu. Nada aqui é de alguém além de mim. Cuidar daquilo que é seu, é uma regra outorgada por mim, aqui, nesse espaço. Repito: caiam fora se não estiverem de acordo. Se achou agressivo tudo o que eu disse, eu quero mais é que você 'se exploda'. Lamento a todos aqueles que realmente me estimam, nada disso é para vocês, exceto, é claro, se estiverem contra! Você tem o direito de pensar o que quiser de mim, mas presta atenção: guarde a merda desse pensamento para a única pessoa que quer saber dele; você mesmo. Não ligo, não importo. Eu faço acontecer, quando eu quero e do jeito que eu quero. Pode ser que você pense que isso ou aquilo é melhor para minha vida, mas não quer dizer que isso seja uma verdade. Eu abandono, nesse exato momento, o que quer que eu tenha pensado – ou falado – de melhor para a vida de alguém. Quem sabe de você mesmo é você. Não tenho opiniões sobre a sua pessoa e, se as tive, abdico imediatamente. “Cada um por si e Deus contra todos”, nunca essa frase me valeu tanto. E qualquer dúvida sobre o que eu escrevi, lembre-se: atocha a dúvida no seu...

“Absurdo, absurdo, absurdo!!!” Não, não é absurdo nenhum. Só estou tirando o peso das costas de cada um que já pensou o que seria bom ou não para mim. Só estou cancelando o direito de algum filho da puta de vir aqui, ao MEU lugar, e falar que estou sendo isso ou aquilo. Que deveria fazer isso ou aquilo. Não! Chega! Eu vou trabalhar naquilo que eu gostou. Vou limpar o rastro de bosta que deixei para trás. Consertar o que acho necessário e picar o pé na bunda do que eu não me importo. Quer aconselhar alguma profissão para mim? Quer me dar a sua opinião sobre se devo ou não seguir em minha carreira? Se devo ou não buscar o meu sonho? Se é imaginação demais fazer o que estou fazendo ou querendo? Se é assim ou não que eu deveria fazer? Diga tudo, tudo isso, para alguém que ainda esteja disposto a lhe ouvir, a se influenciado. Não perca mais seu precioso tempo comigo. Vou lembrá-lo: eu sou eu, e não você. Se toca!

Escrevo o que penso e o que quero. Vivo de música e viverei do que escrevo. Me afundo na bosta, me ralo no chão, caio, tropeço, reclamo, choro, desisto, me deprimo. Mas EU faço isso, não você. Ninguém está aqui comigo. A merda é minha, o chão é meu, o tombo e o choro são somente meus. Não me estenda o braço, não me dê a mão. Eu sei me levantar. E é isso que estou fazendo agora: levantando. Eu te ajudo a levantar (se você merecer), mas não se atreva a tentar me acudir quando não estou pedindo. É um ultraje o quanto o ser humano se sujeita a outro ser, só por estar fragilizado ou mesmo confuso. Caramba, somos seres perfeitos em nossas imperfeições. De todos os seres vivos da face da Terra, os que mais necessitam de ajuda o tempo todo, somos nós. Eu digo a mim e aos que se arriscaram a me ler até aqui: sejam independentes! Se virem! Aceitem as chibatadas da vida e, depois de esmurrar o carrasco, continuem em frente.

Muitos me condenam porque eu cuido dos bichos que peguei das ruas. Tem uns que até chegam a me perguntar por que é que eu não ajudo uma criança. Eu respondo: é porque, seu filho da puta, eu ajudo quem eu mais gosto e quem eu mais acho que precisa. E se você fosse alguém que fizesse algo além de falar, VOCÊ, seu corno desalojado, ajudaria essa criança! Vai falar para sua mãe ajudar alguém, quem sabe assim ela consegue ter a felicidade de ter criado alguém direito, alguém com honra e com educação. A minha mãe me criou direito. Eu aprendi tudo o que ela me ensinou e ainda aprendo. O que me faltou dela, aprendi com meu pai; e todo o resto eu aprendi me ferrando de um jeito ou de outro. E continuo a aprender. E pretendo continuar fazendo isso. Então, verme, antes de falar sobre o que eu faço (você se prende a esses bichos, você tem bichos demais, assim você não pode ter uma vida decente, nem pode viajar, não pode fazer nada, se diminuísse esses animais teria menos gastos, por que você não dá esses bichos pra alguém? Por que não solta na rua?) lembre-se que: primeiro, você vai até lá, e faz algo por alguém ou alguma coisa (que precise). E que essa coisa seja o maior dos sacrifícios da sua vida. Depois, você pode 'aconselhar' alguém. E o próximo que 'sugerir' para eu por os meus bichos – que, detalhe: EU cuido – na rua ou 'dar' para alguém, lembre-se e lembre-se bem: sua mãe podia ter feito o mesmo com você e no entanto ELA decidiu que cuidar dessa merda, que ela chamou de filho(a), era o maior sacrifício que ela poderia fazer por alguém tão desprezível. Que vontade me dá de atravessar alguém quando ouço esse tipo de frase.

Voltamos a estaca zero: cuidar da própria vida é bom? Não!, é obrigatório!!! Ser o mais autossuficiente possível é importante? Nossa, se é! Fazer bosta e se foder faz parte do passeio? Claro!, por que não? O que acontece comigo e quem é o responsável por isso é alguém além de mim mesmo? Numa palavra: não!!!

Explicado tudo o que eu penso sobre cada um que pensa algo sobre mim, volto à parte boa de se estar feliz, renovado, libertado e objetivado. Trata-se de saber dar o melhor de si a alguém. E isso não é apenas minha promessa, é também uma constatação. Não exijo ser recompensado. Esse agora é o meu estado. O que eu puder fazer, oferecer, construir e batalhar, eu irei arranjar. Salvo a amizade, aquela eterna que combinamos, todo o resto deve ser conquistado. Não medirei esforços. Eu não me e lhe decepcionarei. Não faço só por você, faço primeiramente por mim mesmo.

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