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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Problemas!!!

O que há de errado com o mundo? O que impede as pessoas de se conhecerem? Imagino que a onda do momento, que é sensação em todos os lugares, que está bombando atualmente, é a necessidade de se sentir triste e amargurado, vazio talvez. Não vejo as pessoas fugindo deste tipo de sentimento. Confirmam suas vulnerabilidades e fraquezas e assumem com o maior orgulho o que são. O máximo que podem ver, com seus olhos doloridos e acostumados aos dissabores da vida, é um mero reconhecimento de suas prisões. Eles dizem “eu sei que eu sou assim”, seria muito bom se a frase terminasse aqui, mas vem acompanhada de um “as pessoas têm que me aceitar como eu sou”... Para! Isso não é uma verdade. Assumimos diferentes personalidades e diferentes tipos de máscaras diante dos mais variados tipos de pessoas e dos mais variados tipos de situação. Você não é o que você está sendo neste momento. Não, isso é só uma impressão do seu verdadeiro eu. Calma lá, eu explico; as pessoas são meras manifestações de sua realidade, são reflexos da sua mente, da sua vontade. Somos o que pensamos ser, nada mais. “Eu sou tímida” “eu sou feio” “eu sou linda” “eu sou explosiva” “eu sou deprimido”, eu, eu, eu, eu! Chega de “eus”, basta! Isso cansa, e você acha que alguém tem que te aceitar como você é??? Olha a complexidade do mundo, olha o inferno que causamos com os nossos amaldiçoados egos, estão vendo? Alguém aí pensa que é legal e que arrasa dizendo que é um coitadinho? Se você pensa assim, saiba que se alguém te aguentar por mais de um ano, essa pessoa merecerá ser canonizada. Ser atraente para o mundo não é ser uma pessoa lotada de falhas. Ótimo, todos temos defeitos, mas, se liga!, eu não quero ver todos os seus. Nem quero que você veja alguns dos meus. Se eu reconhecer um dos meus defeitos, farei de tudo para melhorá-lo e não obrigar a um de vocês me aceitarem como eu sou. Quero exaltar minhas qualidades, quero que as pessoas gostem de mim pelo que eu tenho de melhor, pelo que eu conquistei com o aprofundamento de meu ser e com muito esforço. Chega de dodóis, chega de birra! Caramba, se acalmem, nada do que vivem é o fim do mundo, e se fosse, é só aceitar e não ficar fazendo pirraça dizendo que não quer ir. Porra!

Abram os olhos então! Eu fico revoltado com coisas assim, isso me enfurece, me tira do sério, me faz sair do eixo, me arrasa, me afasta do caminho da paz. Daí penso, “mas a busca é só minha”... eu sei, eu entendo, eu me deixo levar. Tenho que parar de querer arrastar pessoas para a minha causa, se eu continuar a fazer isso, serei mais um. Daqueles chatos que ficam tentando converter as pessoas, os que juram que o que eles vivem é melhor do que qualquer outra coisa que você possa um dia sequer ter vivido ou viver. Eu sou eu e ninguém vai ser por mim. Calo-me então, aceito. Abaixo minha cabeça e volto para o meu lugar. Concentro em mim de novo e afasto todos os pensamentos, sejam bons ou ruins, e volto a presenciar o momento, o instante. Aquilo que eu tanto leio, escrevo e comento com todos à minha volta. Já percebi que este meu caminho tem que ser agora silencioso. Perdi muito tempo tentando divulgá-lo na inútil esperança de encontrar alguém que pensasse similarmente igual a mim. Em vão, claro. Não é aqui que eu vou conseguir alguma coisa. O que mais eu ouço, como dizia no início do texto, para a resposta de “como vai?”, é um “não muito bem” ou “mais ou menos”, isso pra tentar escrever algo otimista aqui. Todo mundo tem um problema! (gostou, amiga blogueira) Não! Ninguém tem! E até que eu suporte as dores do universo, vou fingir que eu também tenho. Aceitarei o que vocês amam dizer e vou assumir que também sou assim. (um loser) Vou parar de viver no meu mundo mágico onde as coisas são perfeitas e os pássaros cantam. (agora você gostou) Não estranhem se eu nunca falar sobre os “meus” problemas, ok? Lembrem-se: estarei fingindo.

Bom, lamentável. Queria ter um melhor argumento para massacrar as pessoas isoladas em seus mundos de imperfeições, mas estaria sendo hipócrita, estaria agindo contra o que eu penso. Concluo, depois de tanto bater de frente com o mundo, que o melhor mesmo é que aceitar os problemas dos outros. (Já que os meus eles tomaram pra si) É melhor deixá-los pra lá, com as suas reclamações, lamentações, angústias, tristezas, falsas alegrias, felicidades momentâneas e todo o resto que vocês tanto adoram. Vida longa à ignorância e ao apego!!! Sofram o que devem sofrer. Não que eu não sofra, embora sofra somente para me livrar disto, mas é uma luta saudável. (e não é um problema, isso se chama oportunidade) O que quer que seja, será. Mais uma vez deparei com a minha síndrome de ajudar o mundo. Não sou bom o bastante para isso. Aceitarei simplesmente a opinião alheia como a mais pura e verdadeira. Sim! Vocês têm razão. Pronto, resolvi qualquer tipo de discussão com o mundo para os próximos anos da minha vida.

Veja, isso não é uma revolta (é sim), é só uma forma de gritar “ei!!!! Não existe problema!!! É você que fode com a sua vida!!!”. Mas se por ventura você me ouvir gritando isso, não acredite não, eu só estarei praticando para conseguir um papel numa peça de teatro. Viu?, tranquilo, na paz, de boa!, sem briga. Se você ainda assim quiser chegar me contando que alguma coisa é problema, eu te ouço, confirmo tudo, assino embaixo, e ainda dou aquela suspirada dramática, dando um tapinha nas suas costas e acrescentando a seguinte frase: “é... é foda mesmo!!!”

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