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quarta-feira, 23 de junho de 2010

A dor

A dor que sentimos, realmente, vem de onde? A dor do coração, de fato, vem de lá? O que é a dor? Já ouviu a frase: “dor é psicológico”? Pois então, eu prefiro dizer: “dor não existe”. Não que eu não vá gemer se sentir dor. Não que eu não a perceba. Creio que a dor é só mais um dos sentimentos que está entre as coisas que não existem. Lembra do meu texto anterior? (aquele em que eu divaguei por absolutamente coisa alguma) Nele eu disse que via o mundo como uma espécie de encenação. O que é a dor, volto a perguntar? Seria ela, então, o papel desempenhado pelo ator. “Sinta muita dor neste trecho, eu quero emoção. Pense num fato triste de sua vida”; este é o diretor te preparando pra grande cena. Seu coração dói? De verdade? Parou pra se perguntar por que? Já? Então sabe que ele dói porque você o deixa doer. Nada além disso. Duvida de mim? Experimente pular de bungee jumping durante uma crise emocional (vai lá, eu espero). E aí? Sentiu a dor, a tristeza, refletiu a emoção? Não! Você cagou de medo e se entupiu de adrenalina! A dor é isso: é aquilo que você sente quando quer sentir. Se seu cérebro está ocupado com uma coisinha qualquer (puta emoção), garanto-lhe, não sentirá mais a dor. Refaço a frase: “dor é psicológico”. Reconstruo-a: “seu cérebro sente o que você quiser sentir”. Não duvide disso desta vez. Quando nos encontramos em situações avessas ao nosso cotidiano, de preferência algo radical, sua dor se desliga automaticamente, porque naquele exato momento você não conseguiu mais mandar na sua cabeça. Viver o instante presente. Aquele exato segundo que fará de você um ser sem dor. Preocupe-se com o que você poderia estar fazendo se não estivesse criando isso pra sua vida. Percebeu? Você comanda os seus sentimentos, você é o chefe (ta começando a parecer livro de auto-ajuda).

Meu texto de hoje terá de ser mais curto do que o de costume. Minha cabeça dói. Não, não é dor de emoção. É um terror psicológico. Tenho centenas de páginas de estudo, dezenas de declinações e análises morfológicas pra fazer. Fora as traduções que terão de ser aprendidas e decoradas (e muita gente achando que eu não estudava, né?). Passei algumas horas lendo e escrevendo, mas não queria aumentar a minha dor física (ler e traduzir o grego) com uma dor emocional (deixar de postar hoje). Neste sacrifício todo (até parece que eu não gosto), pari mais este texto. Finalizando, lembre-se: se doer, esteja ciente, essa dor é só sua. Você que a construiu.

Adendo:

O mundo tenta conspirar pra que eu sinta dor (raiva no caso). Exatamente quando eu acabei de digitar o texto acima e estava pronto para postá-lo, eis que a energia acabou. Mas sou mais forte, resisti ao sono e esperei que voltasse e aqui está.

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