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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Charuto com um amigo

Não sabia bem por que eu deveria fazer isso, mas sabia que era necessário. Inclusive, essa foi minha justificativa para aquele cigarro. Você bem sabe que não sou um fumante. Muito menos um amante da fumaça emitida por esse objeto. O fato é que eu sentia ter que passar por isso. E assim o fiz. Eis que o tempo passou e aquele dia tornou-se um ritual. Não era mais um cigarro, tínhamos um charuto (bom charuto) e (espera, caro também) nossas conversas. O que se formou alí, naquele dia, não foi apenas um papo, foi uma espécie de cumplicidade.

Somos amigos há algum tempo, temos muitas afinidades e também muitas diferenças. O importante é que estamos unidos por alguns motivos (como as mulheres) e pensamos em coisas grandes como nos tornarmos escritores. Desse princípio surgiu a oportunidade e, da oportunidade, nasceu o nosso ritual.

Almoçamos aquele dia falando quase tudo o que costumávamos falar. (O assunto sempre rende, não é mesmo?) Afinal falamos de quase todas as coisas que conhecemos no mundo real e até mesmo coisas do outro mundo. (Vê se aprende a acreditar em ET’s! rs) Se não tivéssemos compromissos, provavelmente viraríamos os dias falando e falando. (Mulher pra se falar é o que não falta)

Mas lhe pergunto; por que diabos gastamos noventa por cento de nossa conversa falando do sexo oposto? É claro que é uma coisa muito boa, mas não nos bastamos só de sexo. Eis então que, proponho, no decorrer de nossos papos, utilizarmos nosso tempo (aquele que de fato não temos) e apostarmos no saber da vida. Veja só quantas coisas ouvimos, lemos e discutimos que, em sua grande maioria, nos direciona ao saber do nosso próprio ser. Aquele papo de se conhecer não é uma vã filosofia. É o que de fato todo ser humano deveria buscar, concorda? Quantos não são os caminhos e quantas não são as informações que temos acerca de todas as coisas? Por que perder mais tempo com o que sabemos ser inevitável? E outra, isso não nos tira da diversão (mulher) pelo contrário, nos direciona a um caminho razoável.

Passo então a dizer que nosso assim chamado ritual deveria aprofundar-se em autoconhecimento. E, dele, surgir algumas compreensões. Voto a favor de prosseguir em nossa cumplicidade e a partir dela trocarmos informações de nossa evolução. Uma espécie de filosofia de boteco (sem boteco). Tratemos de nos encontrarmos, de transformar nosso conhecimento em sabedoria prática (redundante).

No mais, esse é uma espécie de correspondência filosófica. Um registro para nós mesmos. Assim poderemos ter uma ‘ata’ de nossos prodígios e também de nossos infortúnios. (Deus sabe o quanto nós passamos! hehe) Aguardo resposta, meu caro! Abraços.

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