Havia um tempo, um tempo onde
as coisas ainda eram somente coisas,
os sentimentos ainda podiam ser sentidos,
era ideal viver com alegria, nem que essa fosse passageira,
chorava e desfrutava as lágrimas da solidão,
gostava de sentir a falta de alguém,
era bom esperar um lindo momento,
via meus olhos brilharem por alguém,
via o brilho nos olhos das pessoas,
acreditava em tudo e em todas as coisas,
o vazio era passageiro e não tão sólido,
viver era mais fácil, pensar era mais simples,
acordar era um sacrifício menor do que hoje,
tinha certeza de que tudo o que via era real,
só o que desenhava era a minha realidade,
ver minha família não dependia de uma grande jornada,
a natureza era só aquilo que me cercava,
o ar era só aquilo que eu respirava,
a água era só para beber e se banhar,
estar em algum lugar era somente isso...
um tempo onde eu via o dia e noite como algo custoso,
um tempo onde eu sabia que o amanhã viria,
um tempo em que olhar nem sempre era ver,
um tempo em que desejar não era sofrer,
um tempo em que o tempo custava a passar,
um tempo em que tudo tinha o seu lugar...
...havia o tempo, havia a esperança, havia vida, havia a criança...
...o tempo que se foi não volta, não, isso não mais me incomoda,
não há saudade, não há ressentimento, eis que surge a flor
a flor que me fez lembrar de todos estes momentos...
a flor-de-“Lins”, que mexeu com todos os meus pensamentos.
O mundo
Há 13 anos
Nossa, muito lindo!!!
ResponderExcluirH.
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