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terça-feira, 7 de setembro de 2010

Autoconhecimento, solidão, raiva

Olá, amiga de blog e parceira de vida, como vão as coisas por aí? Aqui como sempre, tudo vai bem, ou como eu sempre respondo: ótimo, sempre! Antes de mais nada, perdoe-me a demora, houve um grande imprevisto em minha vida (mais um) e por isso atrasei, até agora, a missiva prometida. Adoeci no dia seguinte á nossa conversa e tudo ficou para depois. Agora quero, sem mais demoras, começar o assunto dessa.

Sabe, por mais que eu faça ou saiba o que fazer, há sempre uma grande incompreensão em meu ser. Luto todos os dias para praticar aquilo que sei. Quanto mais aprofundo em mim mesmo, mais me vejo sozinho. (Não é pra ficar com dó, rs) Por mais que eu esteja em contato com várias pessoas todos os dias, ainda assim, me vejo distante de tudo e de todos. Minhas ideias se afastaram completamente do senso comum. Nunca fui favorável ao senso e agora, depois de cada dia, cada prática, cada investida de minha pessoa, fico mais e mais solitário. Não solitário de sozinho, sem amigos. Solitário por ter escolhido o caminho que sempre temi em percorrer. Por saber que sempre estaremos sós, independentemente de com quem estivermos.

Mas até que não posso negar a felicidade (se é que posso chamar esse não sentimento disso) de ter escolhido este caminho. O caminho é duro, mas é mais verdadeiro. O que mais gosto nele é o fato de não ser um desperdício de tempo. Sei que estou indo para o lugar certo. E todas as coisas que me acontecem, boas ou ruins, eu sei que são provações desse percurso. Agora, que é uma grande barra, isso eu não nego.

Outra coisa que percebo em mim é o fato de eu quase não ter mais sentimentos para com as pessoas. Quase nada mais me afeta, não digo que sou insensível, digo que estou perdendo as características de quem sente. Sei que estou perto de um limite muito tênue e não sei o quanto já experimentei de cada lado. É tudo muito novo, muito assustador e ao mesmo tempo muito instigante. Não sei como parar. Nem sei se iria querer. Gosto de pensar que vou chegar a algum lugar, nem que este lugar seja o fundo do poço. (rs)

Outra coisa que ando reparando deste caminho, é que o sentimento que mais me aflora, é a raiva. Já sentia esse tipo de coisa naturalmente, mas ando sentindo isso com mais intensidade. É estranho pra mim, mas a raiva às vezes me consome. Mas da mesma forma que vem, se vai. Aí, enquanto estou trôpego pelo ódio que vai se esvaindo, me vejo contente de estar sozinho. Fico grato de ter somente a mim. Entendo que posso contar somente comigo.

Não sei o tipo de impressão que eu posso estar passando pra você, minha amiga, mas gostaria muito de ouvir sua opinião sobre; o que você pensa do caminho do autoconhecimento? O que seria a solidão pra você? Estar sozinho é pior ou melhor do que se sentir sozinho? Afinal, se morremos sempre sozinhos, por que é que temos que temer a solidão?

Grato pela atenção, do seu amigo e escrevedor; Pedro H. D. Delavia

Um comentário:

  1. Oi docinho, tudo bem ? Obrigado pelo recado no orkut viu? Muito lindo ! Então, espero que vc possa aparecer um dia desses no msn pra gente colocar a conversa em dia . Existem motivos pelos quais o mar as vezes está baixo ou está alto...da mesma maneira existem motivos por eu não ter respondido ainda o que vc propos. Não esqueci, não arquivei. Mas infelizmente tenho que ser eu pra responder e no momento minha pessoa se encontra no espaço ( rs_).Depois eu te conto.Lindo texto e mil beijos!

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