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domingo, 16 de maio de 2010

O Homem

Ser um homem, adulto é ou não uma coisa difícil? O tempo vai passando e tudo o que eu vi ou vivi vai se indo e não vejo mais este tempo. Também não o percebo, na verdade não o aceito em minha vida. Poucas coisas mudaram em minha vida desde a adolescência. O tempo passou, sim, mas porque não o vejo como meu? Os dias são estranhos e as coisas não mudaram como deveriam. Não sou um adulto, nem tão pouco uma criança, mas o que eu sou? Não consigo compreender o que eu devo ser. O mundo não me disse o que devo fazer, não, não diz... as responsabilidades crescem, aumentam, mas e daí? Tenho que me tornar um velho ranzinza? Onde devo amadurecer? O que é ser um homem? Devo parar minhas brincadeiras, diminuir minhas fantasias, emudecer a minha alegria? O que é ser responsável, adulto, um homem? Se ser homem é ser isso, matar dentro de mim o que eu tenho de melhor e de pior, não sei se o quero ser. Às vezes não me sinto preparado pra ser um cara diferente do que sou, o que vejo é que de tanto tentar ser o que eu não sou, vou me tornando velho e idiota. Antes sentia alegria nas bobagens que cometia, ser relapso com coisas muito sérias, hoje fico me castigando por ter sido um tolo, por amar coisas que ninguém ama, por viver alegrias passageiras de um modo satisfatório. O que é ser o que eu não sou? Estou sendo isso! É fato. Não gosto de ser assim. Quero deixar os problemas de lado e apenas viver, como quando eu tinha dezoito, dezenove anos. Pode parecer idiotice, mas eu não quero envelhecer, mesmo já tendo mais de trinta anos, e que foda-se isso também, eu tenho minha mente jovem e fresca dentro da minha cabeça. O que me faz deixar de ser jovem é a preocupação de não o ser mais. Mas eu sou. Caio em contradição comigo mesmo. Isso me irrita, ou menos me irritava, mas não mais. Meus sentimentos é que me impulsionaram a viver até aqui, pois serão eles que me levarão mais adiante, mais além, além até do que eu queria viver. Meus sentimentos me movem a escrever, escrevo o que eu vivo, o que eu sinto, o que eu penso. Assim será, por mais um dia, por mais uma noite, por mais uma alegria. Não vou deixar que eu acabe comigo, ou que outros me digam o que eu devo ser. Aposto em mim e na minha capacidade de ser eu mesmo. Gosto de viver como o garoto que sempre fui e não corresponder cronologicamente ao que sou estava me perturbando. Não dou mais vazão as minhas preocupações com relação à minha idade e nem com o que querem que eu aparente ser. Eu sou eu, nada mais. O homem dentro de mim é um ser educado (obrigado mãe), apaixonante e mulherengo (obrigado pai, não há nada que eu goste mais do que o sexo oposto), jovem e extrovertido (obrigado a mim mesmo) e nada me abala a não ser eu mesmo. Pois isso não mais irá acontecer. Tenho sim muitas responsabilidades e a única que me importa a partir de agora é a responsabilidade que tenho comigo mesmo de me fazer feliz. Não sou o que eu não quero ser, se me prejudico ou se me magoou é porque quero que assim o seja. A mim, não a você ou a vocês. A mim! Sou mais homem do que querem que eu seja, mas não mato minhas alegrias e minhas diversões para me enquadrar nos estereótipos sociais. Se incomodo, é com prazer que eu faço. Se te encanto é porque quero que assim o seja. Se te irrito, foda-se. Não dependo da aprovação de ninguém pra ser o que sou. E também não me importo mais em ser aceito ou amado por todos. Minha produção é a minha fonte de energia. Criar ,rejuvenesce a minha alma, renova o meu espírito. Vivo e viverei como o mais belo orgasmo. Dou a mim a vontade e a satisfação de não mais o ser. Sou o que não me importo de ser e não serei o que, um dia, queria ter sido. Homem, garoto, rapaz? Tanto faz... sou somente eu, cheio de alegria, vivacidade, tesão, humor e criatividade. Pedro, prazer...

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