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quarta-feira, 19 de maio de 2010

O Escrevedor

Quando vou escrever algo, penso, dependendo da ocasião, de duas maneiras básicas; uma é quando eu planejo exatamente o que vou escrever, como quando estou escrevendo o meu livro, outra é quando eu começo a digitar, ou mesmo rabiscar algumas linhas, desentulhando o que há dentro de mim. Este texto está sendo feito da segunda forma. Pensei basicamente no que escreveria e a única coisa que não me sai da cabeça é: tenho que escrever pra caralho! O importante, é que, eu não estou fazendo isso por obrigação, mas por inspiração. Minha mente está atolada de idéias e de coisas a serem “cuspidas” pro papel. Estou me sentindo sufocado pelas minhas vontades (ainda bem) e não posso parar pra pensar muito, apenas escrever. Luto ainda com a maldita preguiça e também com a merda da desorganização, mas de vez em quando eu ganho. Como diz o Rafael (Souza), o importante é não desistir. Concordo e ponho o meu na reta... sempre. Aqui está um resultado. Um deles, um dentre milhões. Legal também é que, quanto mais eu escrevo, mas sinto falta de tocar, de desenhar. Ou seja, a vontade de criar vem para todos os lados.

Mas é bom lembrar que no meu antigo texto “Necessidade e decepção” eu abordei (desabafei) a “não colaboração” dos meus amigos “escrevedores”, e disse também que eu não ia desistir de fazer o que eu queria nem que fosse apenas comigo mesmo. Então... está sendo assim, ando contando comigo mesmo. Produção após produção estou sempre comigo mesmo, e como disse meu inestimado professor, Rochinha, ainda esta semana, “melhor companhia impossível”. Vou vivendo assim, o foda é conseguir produzir tudo o que almejo. Não desisti de meus planos (gigantescos) nem parei de tentar arrumar ajuda (tolo), mas eu não parei também de escrever e isso é o que está sendo melhor em mim. O que eu preciso além de mim mesmo? Humm... deixe me ver....ããã...EU, só eu!

Convicto de meus ideais, suprido da necessidade alheia (ou quase completamente), vou caminhando (digitando ou “cursivando”) minhas mais belas inspirações. Toscas ou mal acabadas também, mas boas idéias que vem e que vão, e sendo tantas, pensar que tenho que por pra fora tudo o que eu crio, tenho que ser rápido... mais rápido do que o pensamento (o que é mais rápido do que isso?) pois o que eu não transmuto em palavras, pode ser que venha a se perder no limbo eterno da minha mente sem controle e direção (organização também).

O que sou? Um escritor? Lembrei-me de uma vez, há muitos anos atrás, quando fui me tratar de uma LER na mão esquerda (não era por masturbação, senão seria a direita), numa consulta com um ortopedista. O dito cujo, ao perguntar-me sobre o problema da mão, argüiu-me: “qual a sua profissão?” respondi: “músico” e retrucou: “você tem a carteirinha da ordem dos músicos?” eu disse: “não, não preciso dela pra dar aulas” o cara: “então você não é músico”. Bom até eu explicar pro imbecil que se eu me sustentava com música eu era um músico (até porque, qualquer um que cante “atirei o pau no gato” tira essa merda de carteira da ordem), gastou-me quase que a consulta inteira. Então, pra não ser massacrado por um outro “ortopedista” (neste caso, especializado em profissões e os documentos necessários para se exercer um cargo), vou logo me defendendo que não posso me considerar um escritor (afinal, não vivo disso... ainda), então o que eu sou? “Blogueiro”? (o nominho fodido) Até porque eu também escrevo além deste blog. Por falta de um nome adequado, escolhi um pra mim: sou um escrevedor! Ave escrevedor, ave!

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