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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Até onde vai

Onde diabos se meteu a disposição? Se por um acaso alguém a viu por aí, façam-me o favor de pedir a ela que volte. É, realmente é um saco ficar lamentando. Mas chega uma hora na vida da gente que não encontro algo melhor para fazer. Tá, eu sei. Existe muita coisa melhor do que ficar reclamando. Mas concedam-me o direito de o fazer de vez em quando. E por favor, Srta. Anônima, não me encha o saco, só dessa vez, tá? Sei bem quem é você e não estou a fim de te aturar (mais). Então, continuando as lamúrias: chega uma fase na vida da gente que necessitamos de mudanças. No caso, às vezes, devem ser radicais. Sei lá, tipo virar um militar ou decidir estudar medicina... bom, no meu caso, não ficaria feliz com nenhuma das duas opções. Mas então, até onde vai? Até que ponto um humano pode mudar para se sentir satisfeito? Satisfeito não, – vou exigir menos – não incomodado. Quero não me sentir incomodado. Não frustrado. Não desesperado. Nada disso. Sei que posso estar pedindo demais. Sei que não contribuo para muitas das minhas reclamações. Enfim. Nem tenho o que dizer direito. Prefiro deixar soltos os meus dedos para que eles se manifestem como bem quiserem.

De um lugar ao outro, o que se tem entre estes dois pontos? O caminho! E o que faz o caminho ser tão sinuoso e intempestivo com a gente? Nós mesmos! Imagine-se caminhando por uma estrada cheia de curvas, de terra, com pedregulhos, com buracos e o que mais for te atrapalhar. Essa é a nossa vida. Como ter uma vida de “estrada reta”? Creio que o melhor a fazer é trabalhar na sua estrada. Retirar os pedregulhos, tapar os buracos, ou até mesmo andar no meio do mato. Cortar as curvas e explorar os arredores. Não existe fim para um começo e todo fim é um novo começo. Por onde vamos? Por onde trilhamos? Somos donos de nossos destinos? Se realmente fossemos donos do amanhã, teríamos tantas desilusões e tristezas? Estaríamos infelizes e descontentes com o que não controlamos? Acho que o que nos cabe, é saber lidar com aquilo que não estamos aceitando muito bem. Na verdade, isso sempre vai acontecer, basta a nós, entendermos como vencer esses caminhos. O caminho é apenas isso: um caminho; uma jornada. É na jornada que evoluímos (ou regredimos, depende de cada um). Os caminhos existem para serem percorridos e não evitados. Pode ser que eu decida ir pelo mato. Talvez eu decida andar somente à noite quando é mais fresco. Talvez de dia seja mais fácil, para que eu possa visualizar cada um dos buracos e não cair em nenhum deles. Talvez eu use as pedras para tapar esses buracos. O importante é que: sempre teremos um caminho a percorrer; o que faremos desse caminho e como o percorreremos é que é a grande diferença.

Solto e envolto pelo mundo... Transito muitas das vezes assim. Bem da verdade, é assim que, quase permanentemente, eu trilho meus caminhos. Então, agora, quando comecei a escrever esse texto e pensei num título que eu daria para ele, me veio a pergunta: até onde vou? E isso me fez o maior dos sentidos nesse momento de caos. Não prevejo coisas em meus dias e vou vivendo solto. Esperando o inesperado, mas não sei lidar com ele. Ou eu aprendo a burlar e driblar o inesperado ou eu me preparo para ele. O que melhor se encaixaria, seria eu saber fazer as duas coisas. E pensando nisso, decidi tentar e tentar. E, quando eu falhar, nas primeiras cem mil tentativas, basta lembrar-me do proposto e tentar mais outras tantas cem mil vezes. Assim, saberei como e até onde eu irei. E você, até onde vai?

Um comentário:

  1. Bem legal o texto...mudou o fundo da página né?
    Então, tem uma teoria longa sobre isso, sobre a disposição...diz a lenda que no momento estamos sendo influenciados por todas essas mudanças climaticas e desequilibrio da Terra...e tudo isso nos afeta...enfim....
    beijo

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