enfrentaste tu sozinho o perigo de cinco com muita coragem e saíste muito bem. Sei por certo que nem ao menos temestes por tua vida. Orgulho-me de ti, grunhe a dor, mas nem se quer a reclama. Tu não lamentas nem choramingas, congratulo-te .
Tobias nem sequer percebeu o que ali se passou, as idéias iam e vinham desmesuradas e assim disse sem ter tempo para tal:
- Obrigado. Mas não sei ao certo se devo ser parabenizado por algo assim e... ei, espera aí! – a mente despertou-se da confusão momentaneamente para algo que chamou-lhe a atenção nas palavras ouvidas a pouco – você... que dizer, o senhor viu tudo?
- Sim, meu caro, por isso vim em teu auxílio. Não pude participar em teu favor na batalha, mas aqui estou para beneficiar-te em saúde – disse o homem e um primeiro sorriso lhe brotou na face. Cordialmente Tobias retribui-lhe o sorriso e bocejou em seguida.
O processo melhorava-lhe os ferimentos e ao mesmo tempo sugava-lhe a lucidez. Fazia gestos estabanados, como se estivesse sob efeito de algum alucinógeno. Distraiu-se com o braço direito quando notou que este não mais doía-lhe. Rodou o braço pelo ombro vagarosamente uma, duas, três vezes para frente e depois a mesma quantidade para trás. Sorriu bobamente e tornou a dizer:
- Obrigado, muito obrigado mesmo, amigo! – sorriu mais um pouco – Desculpe não ter perguntado anteriormente, mas qual é o seu nome? – abriu um largo sorriso.
O homem continuou concentrado em sua tarefa que demandava-lhe muita energia e distraído disse:
- Chamam-me Laasrael, ao teu dispor – olhou-o nos olhos e fez um leve aceno com a cabeça, depois voltou-se para o braço que parecia quase inteiro.
- Muito prazer e... obrigado mais uma vez, Laasrael – emendou o menino que não mais timidez possuía. E acrescentou – de onde você veio?
- Venho de muito, muito longe – disse sem acrescentar a verdadeira origem, pois deixar de dizer era-lhe possível, mentir não. Media então sempre suas palavras, nunca em sua existência havia mentido, fazia parte de seus votos e poderia botar tudo a perder e sofreria as duras penalidades se o fizesse. Estava misticamente vetado de mentir, não de omitir e sabia bem trabalhar com este fato.
Conforme se propagava, o calor extinguia-lhe a dor e relaxava-o cada vez mais. O silêncio se fez e prolongou-se. Tobias estava entorpecido, pesava-lhe pois as pálpebras e
O mundo
Há 13 anos
E aí Pedro, estou acompanhando seu texto. A briga com o Tobias foi muito boa.
ResponderExcluirTomás
se quiser visitar o Recanto das Letras
meu pseudônimo é Matheus Freyre, tem minha foto lá(http://recantodasletras.uol.com.br/autores/matheusfreyre)
Tomás, valeu cara...
ResponderExcluirVou ler seus textos lá e conversamos.