Prólogo:
Infindáveis são os caminhos, infinitos
eles são. Escolhas levam-nos do ermo ao divino. Vidas não são mais que isso:
seus feitos é que falam por si. Cada ponto luminoso de uma alma vagante é
apenas o "um" de um grande todo. O ser fracionário nada mais é do que
parte de um imenso e infindável (incomensurável) todo. Ser maior do que se é
não é tarefa dos incautos, nem dos benevolentes que crêem em si mesmos. Apenas querer
não é o bastante. Precisa-se crer – mais do que imaginamos ser necessário. Quantos foram aqueles que acreditaram? Quantos
eles são? Inumeráveis tentaram ser mais do si próprios e, sem êxito, partiram
em chamas apagadas. Seus sopros não moveram as engrenagens do mundo. Não mais
do que suas próprias. Mas estes – por certo – devem ser por alguns lembrados.
Credes no espírito de bons homens? De melhores chamas – daquelas que surgem
quase que apagadas – vemos brilhar em ardor a força inata de uns poucos – que ao
mundo vêem – entre tantos que seria impossível notá-los. Destas poucas almas
que do nada ardem como piras, menos ainda são as melhores... Destas melhores almas
temos as improváveis... E destas temos as únicas...
Esta é a história de seres únicos, da
ascendência do nada ao todo. Da elevação do zero ao topo da magnitude da
existência. Esta é a prova – o testemunho
– da superação do crer. Maior do que a própria fé do universo. O entendimento e
compreensão da vida, a racionalização da razão. O abrir de todas as portas. O esclarecer
de todas as indagações. O fim de todo começo...
Essa é a história de um homem... de um
homem apenas, não. Essa é a história de homens. De homens comuns e também de
seres únicos. É a história de um mestre e seu discípulo. Da vida de um mestre
que foi um dia discípulo e de um discípulo que um dia se tornou mestre. Essa é
a história de mestre e discípulo e de como o universo se transformou quando se
encontraram – se completaram. Quando mestre e discípulo se tornaram um, a chave
da vida libertou a supremacia existente em cada ser. Esta é a história de um
mestre e de seu discípulo, e por que não dizer; de um mestre e seu mestre. Esta
é a reinvenção do herói, a tradução de seu novo significado. Quando o comum
supera sua própria existência e passa a ser, não uma parte do todo, mas o todo
inteiro.
O Primeiro:
Dizem ser um dom, uma força inata, mas o
que não cogitaram foi que por si mesmo ele se fez. De sua própria vontade
surgiu e se revelou, e grandes não foram os seus feitos, mas únicos e
inimagináveis. Veio ao mundo como um outro ser qualquer, como uma simples alma.
Nem mesmo ele sabia de seu destino, de sua própria jornada. Sua longa e ininterrupta
jornada. De sua simplória vida galgou – a pequenos e humildes passos – até o
infinito. Vagou por todos os cantos do universo (conhecido e desconhecido). Por
toda a parte por onde pisou seu nome foi conhecido e até aclamado. Seus muitos
nomes. Cunhou por seu próprio esforço a
sua história e magnânimo foi e sempre o será. O homem, o mestre, estava lá. Desde
o sempre. O mestre, maior que o próprio tempo, imortal não era só seu espírito,
pois sua carne também o era. Foi o melhor entre os melhores, o campeão de seu
tempo e nunca veio a deixar de sê-lo. Imbatível, indestrutível, imaculado pela
morte. O melhor dos aliados, o pior dos inimigos.
O encontro:
Seus caminhos estavam cruzados e este
dia veio como o marco de uma eternidade. Mestre encontrou discípulo e
finalmente o um se tornou dois. Por muito tempo estiveram juntos – não tanto quanto
suas existências. O tempo foi crucial, o suficiente para que dois voltassem a
ser apenas um e estes – juntos – tornaram-se inigualáveis e maiores do que o
infinito. Ao lado do jovem mestre o primeiro esteve até que este se tornasse o
que haveria de ser. E ambos perduraram por todo o sempre...
O segundo:
Já o jovem mestre, galgado em sua própria
experiência – assim como o primeiro – tornou-se homem e de seu espírito emanou
sua força. Aprendeu com os mestres à sua volta, com as forças que o cercavam e com
sua própria vontade. Desvendou muitos dos mistérios do universo e aprendeu suas
leis. Sua carne tornou-se imortal como a de seu maior mestre e – pela segunda
vez em um infinito – outro que não o primeiro, também prevaleceu.
Término do prólogo:
Eis então um pouco da incomensurável
história desses dois homens e de muitos dos que por perto estiveram. Seria
possível narrar todos seus feitos? Até onde se pode ir ou chegar? Até onde um
ser pode se conhecer e se apropriar de sabedoria? Afinal, o que neste mundo é
eterno? Não, meu caro, aqui não existe uma vã filosofia...
Eis aí o início da obra, demorei mais pra digitar do que para criar. Mas tenho certeza que com prática o trabalho vai andarmais rápido. O primeiro capítulo eu vou postar aos poucos, pois é grandinho (mas já está escrito), o segundo estou começando a escrever e vou terminá-lo antes de terminar a postagem do primeiro e assim sucessivamente.
ResponderExcluirAgradeceria se pudessem comentar e apontar erros. Obrigado.
E ai Pedrão. Começei a ler seu livro. Um pouco atrasado, eu sei, mas, como dizem, antes tarde do que nunca. Ficou muito bem escrito, não sabia que voce escrevia tão bem. Realmente, surpeendeu-me. Espero que, a cada página que eu venha a ler, continue me surpreendendo. Um grande abraçao. Paulo
ResponderExcluirAgradeço pela mensagem é linda,mas estou meia confusa!!! Isso pode ser um sinal de alguma coisa em minha vida...Semana passada aconteceu algo estranho... depois te conto bjs ficou lindo seu trabalho parabéns bjs @lê...
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