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sábado, 28 de agosto de 2010

Opúsculo da Beleza

Dizem que tua beleza é comum
Comum são os olhos que a vêem
Bela é, não só tua face e tuas formas,
Mas todo teu interior de alegria

Sorriso largo, convite de amizade
Olhar intenso, mostra de teus mistérios
No largo de tua boca quero meus ensejos
No embalo de meus braços sossega tua alma

Buscas em várias faces a felicidade
Lança-te no raso vasto do vazio
Surpreendo-me com teus deleites insatisfatórios
Encanto meu é teu delírio dissimulado

Negas a intenção da carne
Fraquejas ante o poder da palavra
Sustenta-te em teus princípios
Flui em cândidas ternuras

Dar-te-á, a si mesma, o desfrute
Atenta-te para o propício efeito
Consola-te pelo bem encontrado
Almeje o mais arquitetado dos dias

Sincero foi o tenro de meu ósculo
Com verdadeiro amplexo congratulei-te
Não amealhes tu, o intrépido destino
Entregue-me teus amenos anseios

Saboreie meus cuidados no amplo deste segundo
Talho de ti a nefasta escuridão
Revelo a pureza de teu ser
Lacunas consistentemente preenchidas
Pela melodia de meu toque
Como pode o faceiro negar a beleza?
Eis que a beleza se tornou bela...

...como sempre havia sido.

2 comentários:

  1. Uau...
    Ainda estou saboreando cada verso... Cada conselho, cada crítica, cada desejo, cada pensamento, cada olhar...

    Nossa, ósculo e amplexo... e agradecimento...

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  2. Aplausos! Esse é o poema que você escreveu pra minha prima? Parabéns! Agora você chamou a minha atenção! rs

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