Pesquisar este blog

domingo, 22 de maio de 2011

Sabe esses dias em que as horas dizem nada...

Não tem nem porquê... nada mesmo. Um dia a gente levanta e vê que tudo está ruim, no outro você levanta e vê que alguma coisa melhorou. Mas tem hora que você levanta e tudo está pior do que de costume. Até aí, seria tudo muito ruim, mas vem coisa pior, ou não... Tem hora que você levanta e aquilo tudo de ruim que você já esperava está lá, e acrescentado de mais alguma coisa. Nessa hora, tudo poderia ser muito ruim, mas o que realmente faz isso ser muito ruim é que você não se importa mais com isso. A gente olha as coisas a nossa volta, sorri para todas elas, mesmo as que te enchem o saco, e continua a viver. O que seria pior, morrer ou continuar vivendo? Acho que pior é continuar se acostumando com isso. Bem que eu queria mudar, mas para mim, um dia, uma hora, ou até mesmo um minuto, nada disso mais tem um significado. Ainda bem que não é sempre. Tem hora que eu consigo me sentir bem, mas ainda não aprendi a me sentir bem comigo mesmo. E isso faz toda a diferença.

Tem dia que eu realmente preferia estar na cama (como já dizia o Biquini), mas fazer o quê, né? A vida continua e se entregar é uma bobagem (Legião). Mas putaquepariu para o mundo! Viver é um saco, mas tem as suas vantagens (se é que posso chamar isso de vantagem), você tem a chance do novo, de ver e conhecer o novo. Você realmente pode se surpreender com algo bom (ou pior ainda do que o de costume). Mas não conte com isso como sendo algo mágico. Temos também as inúmeras desvantagens. A maldita esperança! É, essa mesmo, aquela filha da puta que nunca morre! Então; ela continua a nos assombrar. Sempre está por aí, tentando arrancar-lhe o coro. Já ouviu a frase “viver de falsas esperanças”? Pois é, vai falar que em noventa e nove por centos dos casos não é assim? Eu me pergunto sempre: “por que é que eu continuo tendo esperanças?”

Nunca soube a resposta, mas imagino que seja um coisa inata do ser humano, um sistema de defesa, um programa de manutenção da vida. Acredito que a esperança esteja lá para te fazer continuar vivendo (mesmo que ela sempre te ferre de alguma forma). Você precisa dela para acordar de manhã, sentindo aquela vontade de estar morto, e levantar meio que sorrindo e pensar: “alguma coisa boa ainda pode acontecer”. É mais do que certo a gente sempre pensar assim, mas também é certo a gente se foder dessa forma. Se eu fosse a empresa que fabrica esses programas de manutenção da vida, reformularia esse programa para ser algo que te fizesse acreditar que precisamos continuar vivendo só para ver o dia de amanhã. Nada de falsas esperanças e nem de alegrias descartáveis. O programa seria ativado como a esperança, bem na hora que você acorda com aquela vontade de já estar morto, mas o que ele lhe diria seria: “levante, continue, nada de alegrias, não precisamos disso, não se importe com isso, sorria para que ninguém te pergunte se você está bem, não demonstre aflição e, principalmente, não se importe com o desprezo de ninguém a sua volta, você é melhor do que isso.” Eu chamaria o meu programa de “Desesperança”, uma forma evoluída do já antigo programa que sempre te faz tomar no cu.

Veja bem, nós aqui, eu e a minha esperança, não estamos reclamando, é que as frustrações do mundo nunca se cessam e é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã! E, se você acreditou nessa merda que o Renatão contou, deve estar se fodendo gostoso em algum lugar dessa porra de mundo! Eu, somente eu, acredito que “é preciso zoar o mundo como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar, ele é quem sempre zoa com você!” Foda-se o amanhã, as horas já não dizem nada mesmo e o tempo sempre vai continuar a fluir, contra e (se você der sorte) a seu favor! E nessa onda de “hora que não diz nada” eu vou seguindo sem nenhum arranhão (viadinho do Cazuza), na verdade, estou cheio de fraturas expostas e cortes profundos, mas nada que um merthiolate não cure. Mas foda-se, já disse, a hora já não diz nada mesmo! Só ria, faça como o velho e sábio filósofo Bozo sempre disse: “sempre rir, sempre rir...” Mas é melhor rir dos outros antes que eles riam de você!

2 comentários:

  1. Amei a forma nua e crua com que conseguistes conceituar os momentos de raiva, desesperança pelo qual todo e bom ser humano passa em alguns momentos da vida. Show!!!
    Tomei a libeedase de postar em meu face. Bjsss

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ei, Marta. Obrigado pelos elogios. Fico feliz em saber que alguém gostou. Queria poder curtir a minha publicação no seu face, mas não achei! Bj

      Excluir