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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Falta de alguém


Seria possível ao ser humano sentir tanto a falta de alguém?
Creio eu ser assim: um ser dependente.
Carente?
Sim, muuuuuuito carente.
Eu sei, tem gente que diz que isso é uma patologia, uma doença psicológica. Às vezes penso que sim. Às vezes eu tenho certeza que sim. Entretanto, chego a duvidar da consciência e lembrar que eu não penso. Eu sinto! Ta, me sinto um idiota às vezes. Sinto-me um imbecil apaixonado quase que completamente. Perdido nas horas do dia a pensar. A lamentar. A suspirar...
            Penso com o coração.
            Mas quem fode com minha paz é a minha mente.
            Queria que meu cérebro fosse um programa a ser desligado quando desnecessário.
            Queria que minha mente se ativesse à chuva que cai e nela ficasse entretido até que me chamasses.
            Para minha infelicidade e desassossego sua voz não vem.
Suas palavras não chegam. Meu peito sacode, meu pulso dispara.
O estômago embrulha e a barriga reclama.
Cadê você?
Hein?
Sei que nem sempre podemos presente estar. Realmente sei disso. Meu pesar vem de quando não me ouves. De quando não me lês. De quando não me sentes.
Ouviu? Não?
São meus pensamentos te clamando.
Ouviu? Não?
É o meu sangue jorrando por minhas veias, vertiginosamente impulsionado por meu coração.
Sentiu? Não?
É minha alma tocando a tua. Pedindo um abraço...

(Pausa)

Sim, sim! Você me ouviu, você me sentiu.
Li tuas palavras e elas me confortaram um pouco.
Estou satisfeito?
Não. Nunca! Como me sentir satisfeito com algo que sempre quero mais: você!
Um abraço!
Preciso agora de um abraço. Dói pensar que hoje não o terei. Dói imaginar que amanhã talvez também não.
O que me conforta é saber que teu abraço é meu.
Ao menos meu abraço é só teu.
Não quero um outro abraço qualquer.
Sabes que a mim só importa o teu.
Do primeiro ao último abraço que te dei sempre fui por inteiro teu. Da primeira vez que nos encontramos até o fim da minha vida, tenho como plano mor que seja minha última, minha última paixão, meu último amor.
Quando meu peito tocou o teu – se não da primeira no máximo da terceira vez – nossos corações trocaram de lugar. Desde então bate no meu peito o teu coração e eu teu peito o meu.
E nossos lábios?
Selam esses, nossos segredos, nossos desejos e vontades. Não selam sozinhos. O meu lábio no teu completa – com o abraço – a união de nossa existência. De um beijo ao outro fazemos movimentar em impulsos fortes os átomos de nosso verdadeiro amor. Reacendemos em cada ósculo a fagulha propulsora de nossa paixão.
Como é bom te amar. Sim, como é bom...
Já dizia o poeta: “eu amo amar você!”.
Completo seu verso dizendo que é muito bom ser amado por você. Traduzindo: amo ser amado por seu amor.
O que sinto longe de você?
Sinto-me vazio de tua plenitude, mas me sinto bem (às vezes). Sinto um dia que parece não ter fim. Sinto as emoções pipocando dentro de mim, me chutando, espancando, me maltratando. Mas meu amor resiste, aguenta, sangra, desespera, acalma e me pune, mas suporta. Resiste uma hora, resiste um dia e até já resistiu algumas semanas.
Sacrificaria a vida?
Se fosse para te esperar, sim! Prontamente! Mesmo sabendo que essa resposta implicaria em muito sofrimento e dor. Mas no fim, ficar longe de você só vale a pena por um motivo: reencontra-la!
O que sinto quando estou com você?
A plenitude!
O Amor!
Sinto-me satisfeito!
Completo!

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Quando a minha voz se cala,é por não ter-lhe o que dizer.
    É por às vezes,eu me sentir pequena diante da imensidão do seu amor.
    Entrego a você, todo o sentimento mais verdadeiro que em mim habita. E sei, que não é o
    suficiente. Nunca é...
    E o que penso em relação a isso? Ora, mas está evidente: Nos acostumamos muito mal. Alimentamos nossa carência
    ao invés de cessá-la de uma vez por todas. E pra falar a verdade,não vejo mais a quem culpar a não ser a mim e a tí.(risos)
    Quando enfim nos encontramos, o relógio se volta contra nós. As horas voam pelos ponteiros à fora,
    e ao me dar conta, está novamente na hora de partir.
    Cheguei a simples conclusão, de que não deve mais haver distância -por mínima que seja-, entre nós dois. Nascemos
    para permanercermos juntos, e que assim seja, até o fim de nossos dias. Pois,quando não te tenho, aos poucos
    vou sendo consumida pela imensa saudade e vontade incessante de ter-te novamente em meus braços(que é o seu lugar).
    E pra terminar... Eu sei. Sei o quanto essa falta de "alguém" nos machuca e nos desespera. Apesar de quase nunca
    ser porposital,sempre acontece. Mas,no entanto,são apenas consequências de tardes chuvosas. Logo, tudo passa, e mais uma vez,
    estaremos juntos.

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